quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Dias coloridos...

Dias coloridos, pego pra mim as nuances mais vistosas, os detalhes mais brilhantes e um pouquinho do tom pastel. Dias preto e brancos, observo o seu charme, vivo sua nostalgia e fico desejando uma pontinha de colorido voltar, até que ilumine toda a janela.

Sobe e desce, colore, descolore e volta a colorir... Montanha russa de cores, assim a vida vai.  Matizes de sentimento e cores!

Passei dias escurecidos, ouvindo a morte e sentindo as perdas. Pela dor de quem fica. Dias acinzentados, por abusos e rompimentos, em ver o abismo que assusta.

Preto, ausência de cores. Preto, cinza, azul marinho e a brisa do mar dá a sentir a natureza, a pensar o que há de bom na vida.

A vida muitas vezes é escura ou até totalmente sem cores. Mas sempre vem o novo, a brisa suave que leva embora o que dói, a luz a iluminar e colorir o rosado dos lábios, o brilho nos olhos, as paredes das casas.

Acredite, o colorido volta!

Bora buscar ajuda, bora se cuidar e deixar que o sol volte a brilhar!

sábado, 5 de agosto de 2017

A aposentadoria dos sonhos


      Tenho pais de idade semelhante, ambos sessenta e poucos anos. Para mim, estão ainda super novos. Ambos, ao entrarem nos sessenta, tiveram direito a receber suas aposentadorias, lucro em nossos tempos! Mas, o que era para ser um prêmio, ou um momento de aliviar os sapatos apertados, não parece ter sido passagem direta para um período de descanso e alegria. “Já estou mais pra lá do que pra cá”, “Acho que vou parar de trabalhar, mas não dá”, “O que vou fazer se parar de trabalhar” foram comentários que ouvi nesse período. Os dois seguem trabalhando. De onde os vejo, acho que estão no momento mais maduro de suas carreiras profissionais e que têm muito a dar e receber em suas profissões, se quiserem. Os reconheço pelo que construíram: sabedoria pela prática que tiveram. Acho legal que sigam trabalhando, pois gostam de suas atividades, mas com a possibilidade de fazer isso com os sapatos folgados, gravata afrouxada, no tempo que quiserem, sem tantas pressões.  Ter mais tempo livre para viajar, tomar um chá com os amigos, um vinho no fim do dia, levar os netos para passear, ler um livro que não seja de trabalho, aprender uma língua nova, iniciar um curso de dança, praticar caminhadas, encontrar um hobby...

     Entretanto, aposentar-se, assim como outros momentos da vida, traz um sentimento de vacilo, de incerteza sobre o que virá. Com esses sentimentos surgem perguntas: e agora, o que faço? Para onde vou? O que quero da vida? Quando acabamos o colégio é assim. Quando perdemos um emprego, ou quando alcançamos outro; quando concluímos um curso, quando compramos o carro que tanto queríamos e a casa própria; quando vemos que os filhos estão criados e encaminhados, enfim... como em tantos momentos da vida que temos que rever nossos objetivos, é assim.

     Ver meus pais hoje me enche de orgulho, pois vejo que alcançaram quase todos os objetivos que traçaram: criaram os filhos, estudaram, trabalharam numa crescente evolução, constituíram um patrimônio, são reconhecidos por serem ótimos pais e profissionais.

     Mas também os vejo passar por esse momento que se perguntam: e agora? Agora abre-se aquele vazio das transições. Ali onde é preciso coragem para olhar para si mesmo, ouvir-se, reconhecer o que falta em si. Sim, pois enquanto formos vivos sempre nos faltará algo. Será preciso se pensar para reconhecer suas motivações nessa nova etapa. Como em outras etapas da vida, ver o que tem-se de ferramentas em seu favor e também as fraquezas, o arsenal para o jogo e bolar a próxima jogada. Essa jogada poderia ser montar um curso para iniciantes, já que têm bagagem para compartilhar seus saberes, curtir a casa, as plantas, livros, filmes ou bolar uma viagem à cada ano para lugares que queriam conhecer e nunca foram. Se a grana não der, pois aposentar-se no nosso país não é mole, inventemos outras coisas que caibam em cada realidade.

     O fato é que, aposentar-se traz um conflito junto com a aposentadoria: o que fazer daqui para frente. E para resolver todo conflito é preciso coragem para pensar e reconhecer o que está se passando com as emoções. Só assim é possível encontrar quais são as nossas motivações. Aposentar-se dos seus sonhos é a loucura eminente, a depressão ou a morte. Precisamos de objetivos para viver!

     Conversar com os familiares e amigos pode ajudar. Com um psicólogo também. Há muita vida pela frente, muito jogo pra jogar!

     Se você se identifica com esse momento converse com alguém. Se você conhece alguém que esteja vivendo essa transição, converse com essa pessoa, ofereça uma escuta. E caso siga difícil encontrar suas motivações, a psicoterapia é uma alternativa. Marque uma consulta com o psicólogo. Assim como em qualquer outro momento de mudança é preciso pensar, falar e ter um espaço para construir o novo.

     Sempre, enquanto houver vida pulsando em nós, falar e ser escutado é dádiva e ferramenta de melhor viver!

     Psicóloga Andressa Grando Hoewell

sábado, 15 de julho de 2017

Ser quem se é!

   Talvez esse seja o melhor resultado que podemos obter quando fazemos análise: dar-nos o direito de sermos quem somos. Livrar um pouco as amarras das vergonhas, dos medos, da moral excessiva e da preocupação com o que o outro irá pensar. Livrar-nos de tanto julgamento. Deixar o que é nosso desejo aparecer e poder pensá-lo sem tanta crítica. Aceitar a si mesmo. 

      O nosso desejo sempre está em nós, nos constitui, é inevitável. É que fazemos de conta que não o vemos. Por quê? Muitas vezes porque estamos tão enquadrados em nossa educação, nos escondendo atrás do que os outros podem pensar ou julgar ou tendo medo de bancar nossas diferenças, que não damos valor para o que realmente faz sentido para nós. Mas, cedo ou tarde, percebemos que não dá para fingir eternamente para nós mesmos, de sermos quem somos. 

      Não escolhemos ser a metade do que somos. Muito de nós, do que somos, nos escapa.O que podemos fazer então, viver à deriva de nós mesmos? Esquecer as regras sociais e seguir o “deixa a vida me levar”? Também não seria possível.

      Encontrar com o que move nossas emoções e com o que nos trava, possibilita que possamos pensar o que é possível fazer entre o que desejamos e o que a vida nos oferece.

     Não somos senhores absolutos de nós mesmos, mas somos capazes de nos pensar e perceber o que repetimos, como agimos, de que maneira nos boicotamos e enredamos em nossas próprias armadilhas. 

       Pensar é a nossa capacidade mais valiosa! Não a desperdice usando-a contra ti mesmo. Vamos colocar tua energia em teu favor? A análise ou a psicoterapia podem te ajudar. 

      Psicóloga Andressa Grando Hoewell 
      Fone 98119 1499.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Cada um faz o que pode

       Cada um faz o que pode: com seu trabalho, com seus filhos, com suas frustrações, com seus sentimentos. Preferir a sombra ou a luz não parece ser uma escolha qualquer.

       Estar em contato com a luz direta pode ser enlouquecedor, cegar a razão - essa que protege do que é puro. E o que é puro é demais para a consciência, não lhe faz sentido. Estar na sombra é um estilo mais protegido, mas a sombra demais vira escuridão e a escuridão total tem cheiro de mofo, tem ares de morte. Luz e sombra, cegueira e visão: vida e morte. A tênue linha que dá base ao viver, dialética que nos constitui. 

       Ver o mundo, mesmo por meio dos próprios olhos, sempre conta com algum engano. Quem anda pela sombra prefere se enganar mais. Quem anda pela luz, acha que pode estar mais de encontro com a verdade. Mas, no frigir dos ovos, todo mundo se encontra e se perde. Cada um faz o que pode. Vive seus momentos de luz e sombra na medida do que lhe é possível, com aquilo que suporta de realidade e com o que é suportado pela fantasia. 

       A vida é um jogo que temos e não temos nas mãos. Às vezes somos jogados, às vezes achamos que estamos jogando. Por fim são momentos, movimentos que nos lançam e ataques que paralisam. Jogo de luz e sombra, aparecimento e sumiço. Cada um faz o que pode. Neste jogo tem jogar,  julgar, iluminar e esquecer. Luz de fogo e meia-luz. Lembrar, reencontrar e demarcar novos territórios. Deixar-se vencer. 

       Viver é um jogo de luz e sombras e nele cada um faz o que pode. 
    
       Andressa Grando Hoewell
       Psicóloga e psicanalista

sexta-feira, 19 de maio de 2017

REPETIR OS MESMOS ERROS...

       A psicoterapia e análise te ajudam a ouvir aquilo que tu repetes sem te dar conta em tua vida. Repetições que muitas vezes são as causas do teu sofrimento. Em contar tuas histórias, angústias e medos, tu potencializa tua capacidade de pensar aquilo que se repete e te impede de seguir adiante em algumas situações da tua vida. 

       Em outras palavras, a análise ou psicoterapia potencializa tua capacidade de pensar e resolver teus problemas, encontrar novos caminhos, novas saídas para aquilo que te traz sofrimento. Só quem já experimentou esse tipo de tratamento sabe o quão benéfico é fazer análise ou psicoterapia. Vamos começar hoje? 

       Psicóloga Andressa Hoewell.
       Cel. 98119 1499

Psicólogo entende você

Quem sou

  Deixa te contar um pouco sobre minha trajetória. Sou formada em psicologia há mais de 19 anos clinicando de forma ética, responsável e aco...